A gestão de resíduos industriais é uma das áreas mais críticas e complexas para qualquer negócio no setor produtivo. Envolve não apenas uma grande responsabilidade ambiental, mas também um emaranhado de leis e normas técnicas que, se não forem seguidas à risca, podem resultar em pesadas multas e sanções.
Apesar da sua importância, a área ainda é cercada por mitos e desinformação. Muitas empresas, por desconhecimento ou por seguirem práticas antigas, acabam operando com base em premissas equivocadas.
Esses mitos podem expor o negócio a riscos legais, financeiros e de reputação. Eles criam uma falsa sensação de segurança, enquanto, na realidade, a empresa pode não estar em conformidade.
Desmistificar essas ideias é o primeiro passo para uma gestão de resíduos verdadeiramente segura, eficiente e responsável. Conheça agora os 5 mitos mais comuns que sua empresa precisa abandonar imediatamente.
Mito 1 – “Depois que a empresa de coleta retira o resíduo, a responsabilidade não é mais minha”
Esse é, talvez, o mito mais perigoso e difundido de todos. Muitas empresas acreditam que, ao contratar um transportador para retirar seus resíduos, a responsabilidade sobre eles é automaticamente transferida.
Isso é uma inverdade. A Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), instituída pela Lei nº 12.305/2010, é muito clara ao estabelecer o princípio da responsabilidade compartilhada.
Isso significa que o gerador do resíduo (a sua empresa) é corresponsável por ele em todas as etapas do seu ciclo de vida. Isso inclui o armazenamento, o transporte, o tratamento e a destinação final.
Se a empresa de coleta que você contratou descartar seus resíduos de forma inadequada em um terreno baldio ou em um aterro não licenciado, sua empresa será igualmente responsabilizada e penalizada. A responsabilidade só cessa quando o resíduo recebe a destinação final ambientalmente correta.
Por isso, é absolutamente importante contratar empresas de gestão de resíduos, como a Aliança Solução Ambiental, que sejam devidamente licenciadas e que forneçam toda a documentação comprobatória, como o Manifesto de Transporte de Resíduos (MTR) e o Certificado de Destinação Final (CDF).
Mito 2 – “Misturar resíduos ‘inofensivos’ com perigosos não tem problema”
Muitas operações industriais geram diferentes classes de resíduos. Existem os resíduos Classe I (perigosos) e os Classe II (não perigosos), que se dividem em IIA (não inertes, como orgânicos) e IIB (inertes, como entulho).
Um erro comum é misturar esses resíduos no armazenamento. Por exemplo, descartar latas de tinta, estopas com óleo ou lâmpadas fluorescentes (Classe I) junto com lixo comum ou sobras de matéria-prima não perigosa (Classe II).
Essa prática contamina todo o lote de resíduos. O volume total passa a ser classificado e precisa ser tratado como resíduo perigoso, o que eleva drasticamente os custos de tratamento e descarte.
Além do prejuízo financeiro, a mistura de resíduos é proibida por lei. Cada classe de resíduo exige um tipo de acondicionamento, transporte e destinação final específicos, conforme as normas da ABNT e resoluções do CONAMA, como a Resolução CONAMA nº 313/2002 sobre o Inventário Nacional de Resíduos Sólidos Industriais.
A segregação correta na fonte é a base de uma gestão de resíduos eficiente e econômica. É preciso treinar a equipe para que saiba identificar e separar cada tipo de resíduo gerado na produção.
Mito 3 – “A gestão ambiental de resíduos é apenas um custo, não traz retorno”
Encarar a gestão de resíduos apenas como um centro de custo é uma visão ultrapassada. Uma gestão bem-feita pode, na verdade, gerar economia e até mesmo novas fontes de receita para a empresa.
Ao realizar uma segregação eficiente, muitos materiais que antes eram descartados como lixo podem ser vendidos. Sucatas metálicas, plásticos industriais, papelão e até mesmo alguns tipos de efluentes podem ter valor de mercado.
Além disso, a otimização dos processos produtivos para reduzir a geração de resíduos na fonte resulta em economia de matéria-prima. Menos desperdício significa mais lucro.
Investir em tratamento de efluentes pode permitir o reuso da água no processo produtivo. Isso reduz o consumo de água potável e, consequentemente, a conta no final do mês.
Finalmente, empresas com uma sólida reputação em sustentabilidade ganham vantagem competitiva. Elas atraem mais investidores, conquistam a preferência de consumidores conscientes e fortalecem suas relações comerciais, um movimento alinhado às práticas de ESG (Environmental, Social, and Governance) que são cada vez mais valorizadas.
Mito 4 – “Pequenas quantidades de resíduos perigosos podem ser descartadas no lixo comum”
Esse mito é particularmente perigoso para o meio ambiente e para a saúde pública. A ideia de que “só um pouquinho não faz mal” não se aplica a resíduos perigosos.
Uma única lâmpada fluorescente descartada incorretamente pode contaminar milhares de litros de água com mercúrio. Uma pequena quantidade de óleo ou solvente pode inutilizar uma grande área de solo.
A legislação ambiental não faz distinção baseada na quantidade quando se trata de descarte incorreto. A responsabilidade e as penalidades são aplicadas independentemente do volume.
Todo e qualquer resíduo classificado como perigoso deve ser acondicionado, transportado e destinado de forma especial. Isso deve ser feito por empresas licenciadas para essa finalidade.
Ignorar essa regra, mesmo para pequenas quantidades, coloca sua empresa em grave risco legal. A fiscalização pode resultar em multas altíssimas e até mesmo na paralisação das atividades.
Mito 5 – “Qualquer caçamba ou tambor serve para armazenar resíduos industriais”
O armazenamento temporário dos resíduos dentro da planta industrial é uma etapa indispensável da gestão. O uso de recipientes inadequados pode causar acidentes graves, como vazamentos e reações químicas perigosas.
Cada tipo de resíduo exige um tipo específico de acondicionamento. Resíduos químicos corrosivos, por exemplo, precisam de tambores feitos de materiais resistentes à sua ação.
Resíduos inflamáveis devem ser mantidos em recipientes apropriados e em áreas ventiladas e seguras. Resíduos sólidos perfurocortantes precisam de embalagens que evitem acidentes com os colaboradores.
A identificação dos recipientes também é importante. Cada tambor ou caçamba deve ser rotulado de forma clara, informando o tipo de resíduo contido e seus riscos associados (inflamável, tóxico, corrosivo).
A Aliança Solução Ambiental oferece consultoria para o correto acondicionamento dos seus resíduos. Além disso, fornecemos os recipientes adequados para cada necessidade, garantindo a segurança da sua equipe e a conformidade da sua operação.
Sua empresa está gerenciando os resíduos industriais com base em fatos ou em mitos? Não coloque seu negócio em risco.
Fale com um especialista da Aliança Solução Ambiental e garanta uma gestão de resíduos segura, eficiente e em total conformidade com a legislação!